Grupo de Dança Contemporânea do Colégio Estadual do Paraná (DANCEP)
Criado em 2011, pelo artista da dança e professor Fernando Nascimento, o Grupo de Dança Contemporânea do Colégio Estadual do Paraná (DANCEP) vem se firmando no cenário nacional e internacional. Atualmente, o grupo conta com cerca de 500 integrantes, divididos entre as aulas de Dança Contemporânea, Alongamento, Jazz, Ballet, Incubadora Criativa e Produção – atividades que acontecem em contraturno escolar e aos sábados no Colégio Estadual do Paraná, em conformidade com a proposta da Escolinha de Arte do CEP. Com uma proposta pedagógica fundamentada na produção de sentidos, tanto de quem ensina, quanto do sujeito que apreende a ação do corpo em sua singularidade e coletividade, o Dancep mostra que o jeito de fazer de cada pessoa é único e contribui para pensar a diversidade dos saberes construídos na produção cênica. Desse modo, as/os profissionais do Dancep, buscam envolver as/os estudantes em todo o processo de criação de seus espetáculos e das ações e relações na formação de plateia.
Espetáculo “A gente se Acostuma”
Todo o processo artístico-pedagógico desenvolvido no Dancep é colaborativo, uma mescla em que as singularidades se encontram para criar e aprender juntas. O espetáculo “A gente se Acostuma” nasce dos diálogos, abraços, lágrimas e olhares dos/das estudantes que, entre as aulas e produções, compartilharam suas emoções e formas de agir no mundo. Nessas trocas humanizadas, propus a leitura do texto “Eu sei,mas não devia” da escritora e jornalista Ítalo-Brasileira, Marina Colasanti. Uma fonte de inspiração para pensar e agir sobre: o que a gente se acostuma e não deveria? Nesse processo de questionamentos, fomos investigando os nossos diferentes modos de nos acostumarmos, também de desacostumarmos, as nossas estratégias de sobrevivência, para vivermos juntas e juntos e ser o que somos, nossas possibilidades de viver. Assim, nos arriscamos a dançar temáticas delicadas como: o preconceito, a solidão, a rotina do trabalho, a corrupção, a fome e miséria, o desespero, a busca constante por ter, a falta de tempo, as roupas que não somos. Poetizamos no corpo, os nossos modos de nos acostumarmos e ao observarmos essas experiências, descobrimos que podemos redirecionar essas forças, para nos acostumar com a vida de forma harmoniosa, com paciência, com a tolerância, com as diversas possibilidades de amar, com as roupas que escolhemos ser e nos ajudam a escrever nossas histórias. Essa obra é um convite a sentir a beleza que machuca, o movimento que faz sentir a própria vida! A gente se acostuma a dançar para melhorar o mundo! Esse espetáculo é guiado poéticamente pelo que se estabelecem como metas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável -ODS, buscando, sobretudo, respeitar o que há de mais precioso na vida, a dignidade em ser quem e como se é.
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Jazz, Ballet e Danças Urbanas
Coreografia: Reencontro