Eixos
Eixo
Coordenação
Ementa/Descrição
Eixo: Direitos Humanos e Memória
Coordenação:
Omar Sagredo Evelyn Hevia Jordán
Ementa/Descrição: Nos estudos sobre memórias e direitos humanos, destaca-se um aspecto particularmente relevante sobre a forma como as sociedades (re)elaboram o seu passado: as representações culturais de atos de violência política ou crimes de massa. É uma questão que parece estar ligada aos debates relacionados ao direito humano de saber e trabalhar a verdade (como tarefas próprias do conhecimento sobre o ocorrido). No entanto, é uma área que ultrapassa os esforços das agendas legislativas ou governamentais em termos de reconhecimento e comemoração. Ao contrário, é um problema associado tanto aos efeitos da violência nas comunidades, quanto às formas como os sujeitos formulam estratégias de figuração e transmissão do passado desde o presente que impõem suas próprias questões. Em atenção ao exposto, esta mesa de discussão, pretende gerar um espaço de diálogo sobre as formas de abordar o complexo fenômeno da elaboração do passado em situações em que a história e a memória parecem difusas sobretudo devido à , à validade de violência política. Em particular, esta instância visa abordar, de forma ampla e pensando em possíveis pontos de comparação entre as diferentes experiências, os desafios introduzidos pelo estudo do lugar da violência no presente, as transformações das narrativas históricas de transmissão e a problematização cultural da figura das vítimas e dos perpetradores em diferentes casos. Dessa forma, esta mesa se propõe a ser uma contribuição para a ampliação dos horizontes do conhecimento sobre as formas como as sociedades contemporâneas recriam seu passado, a partir de uma abordagem crítica da representação cultural de fatos, figuras e situações que geram controvérsias quanto à identidade coletiva e narrativas sociais hegemônicas.
Eixo: Educação baseada nas pessoas, com enfoque em direitos humanos
Coordenação:
Mirian Celia Castellain Guebert
Ementa/Descrição: A sociedade vem revelando nas últimas décadas o crescimento de novas forças sociais nascidas na luta contra as desigualdades sociais as injustiças em busca da dignidade humana, por meio dos princípios fundamentais para a construção de uma sociedade livre harmônica e para todos. A expressão desses anseios de liberdade e democracia de todo o povo, é um instrumento legítimo de consagração de uma força política com aspirações por uma justiça social, proteção da dignidade humana por parte de uma população que se reconhece tradicionalmente marginalizada e excluída. Em resposta a tais anseios e aspirações se faz necessário pensar nos direitos fundamentais da pessoa, prevendo meios de garantia desses direitos e fixando responsabilidades por seu respeito sua promoção. Na busca de uma sociedade livre, justa para todos, apesar das resistências dos segmentos privilegiados e ao reconhecer os conhecimentos obtidos e o seu significado histórico e social como as circunstâncias que envolvem a luta pela implementação da equidade, a Educação como pratica social, histórica e formativa demanda princípios e mediações de modo a compreender como os direitos e as garantias vem se constituindo, promovendo e garantindo a dignidade humana. Como as diversas situações de marginalização e injustiça social que aparece de forma urgente uma educação em e para os direitos humanos, para construção de sociedade equitativa e menos desigual. Este eixo acolhe trabalhos que expressam princípios da Educação em Direitos Humanos, que visam a defesa da dignidade da pessoa humana, dos valores sociais e da garantia dos direitos fundamentais como elementos basilares da transformação da realidade, por meio de práticas participativas, colaborativas, interdisciplinares e contextualizadas em seus mais diferentes aspectos, tendo como fio condutor a Educação em Direitos Humanos se vincula expressamente à produção de uma cultura de direitos humanos, de democracia e de uma sociedade fundada na dimensão da justiça socia
Eixo: Gênero, Interseccionalidade e Violência
Coordenação:
Sandra Maria Mattar Diaz
Ementa/Descrição: A desigualdade entre gêneros é decorrente do processo de socialização dos indivíduos e grupos em sociedade. As formas de poder entre os gêneros variam de acordo com a cultura, a religião, a economia, as classes sociais, as raças e os momentos históricos. O conceito de interseccionalidade surge nos movimentos sociais e no meio acadêmico, a partir dos debates do feminismo negro, e sugere que as relações de gênero, raça, sexualidade e outros marcadores sociais são conectados e inseparáveis. A interseccionalidade conforme Bilge,(2009) visa compreender a complexidade das identidades e das desigualdades sociais por intermédio de um enfoque integrado. Como ferramenta de análise, a interseccionalidade considera que as categorias de raça, classe, gênero, orientação sexual, nacionalidade, capacidade, etnia e faixa etária, entre outras, são inter-relacionais e moldam-se mutuamente, portanto, é uma maneira de entender e explicar a complexidade do mundo, das pessoas e das experiências humanas. A questão da interseccionalidade, contribui para a análise E o enfrentamento de discursos e práticas sociais que sustentam desigualdades, exclusões e violências que acometem muitas mulheres em nossa sociedade. A proposta é acolher trabalhos que discutam as desigualdades de gênero articulando com a interseccionalidade e a violência contra as mulheres em sociedade. Trabalhos desenvolvidos em ONGs, institutos de pesquisa, nas Universidades, nas escolas, em sala de aula, grupos de estudos, grupos de pesquisa, com propostas de etnografias, revisões teóricas metodológicas, relatos e pesquisas finalizadas ou em andamento.
Eixo: Juventude, Política e Sociedade
Coordenação:
Shirley D. Franco Mancuello
Ementa/Descrição: A cultura política dos jovens é um tema de grande relevância na atualidade, visto que os jovens são um setor importante da população e têm papel fundamental na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Neste sentido, é necessário refletir sobre a forma como os jovens se relacionam com a política, como compreendem o seu papel enquanto cidadãos e como promovem e defendem os direitos humanos. A relação entre política e juventude reflete diferentes crises. A apatia e o desinteresse pela participação também estão ligados a vários obstáculos presentes no desenvolvimento e participação dos jovens na sociedade, como sua inserção no mercado de trabalho e o desenvolvimento de competências para um mundo global. A cultura política refere-se às crenças, valores, atitudes e comportamentos que os indivíduos têm em relação à política e à participação cidadã. No caso dos jovens, é essencial analisar a sua percepção da política e da democracia, bem como o seu grau de envolvimento nos processos políticos e a sua participação nas decisões que afetam o seu meio. Por outro lado, a cidadania é um conceito que implica direitos e deveres, e está relacionada com a participação ativa dos indivíduos na vida política e social da sua comunidade. No caso dos jovens, importa promover a sua educação cívica e promover a sua participação ativa na vida pública, para que possam contribuir para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e democrática. Finalmente, os direitos humanos são um tema de grande relevância em qualquer discussão sobre cidadania e cultura política. Os jovens devem compreender a importância dos direitos humanos e seu papel como cidadãos responsáveis em defendê-los e promovê-los. Em síntese, esta mesa temática procura refletir sobre a cultura política dos jovens, o seu papel enquanto cidadãos e a defesa dos direitos humanos num mundo cada vez mais complexo e em mudança.
Eixo: Povos Indígenas, Meio Ambiente e Crise Climática
Coordenação:
Nathalia da Costa
Ementa/Descrição: Embora as mudanças climáticas e a crise ambiental nos afetem a todos, elas impactam os povos indígenas de diferentes formas, tanto em seus territórios e modos de vida, quanto nas políticas ou ações que são desenvolvidas para lidar com os problemas atuais. Em relação a este último, é importante considerar que as comunidades indígenas são agentes fundamentais na mitigação das mudanças climáticas. Durante vários séculos, os povos indígenas foram vítimas de desapropriações, deslocamentos forçados, desconhecimento de seus direitos à identidade cultural, intimamente ligados à propriedade e posse de seus territórios. Esta situação não mudou muito hoje, em que as grandes empresas extractivas ou exploradoras de recursos continuam a privá-los dos seus direitos e a afectar os ecossistemas, com as graves consequências que se observam no ambiente, mergulhados numa crise que cada vez mais se aproxima O ponto de não retorno. É assim que os povos indígenas enfrentam ameaças que colocam em risco sua identidade, cultura, modos de vida e visão de mundo; mas, também, esses mesmos elementos os transformam em sujeitos primordiais no combate às mudanças climáticas, na mitigação de seus efeitos e na busca de novas formas de convivência com o meio ambiente, baseadas no respeito e na sustentabilidade. É por esta última razão que as principais organizações internacionais têm manifestado que os povos indígenas se colocam como protetores da terra, que a natureza deles necessita, reconhecendo o nível de conservação em que se encontram os ecossistemas que se encontram no território e sob o controle dos cuidados destes comunidades em comparação com outros territórios. Levando isso em consideração, este painel convida todos os pesquisadores que desejam apresentar trabalhos, nos quais reflitam, sob várias perspectivas, sobre a situação atual dos povos indígenas diante das mudanças climáticas e da crise ambiental e seu papel como agentes de mudança .em busca de um planeta mais sustentável.
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