APRESENTAÇÃO
Penso e Sena (2020) refletem que a compreensão do fenômeno do suicídio tem se apresentado como um grande desafio em diversos sentidos. De fato, o fenômeno “suicídio” constitui um grave problema de escala mundial de saúde pública. Na sociedade contemporânea, os números que envolvem essa questão são subestimados. No entanto, eles são assustadores. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano: 38 pessoas em média cometem suicídio por dia. Para cada suicídio efetivado, houve entre 10 e 20 tentativas. Estima-se que cada morte por suicídio afeta emocionalmente outras 60 pessoas próximas à vítima. Segundo Fukumitsu (2013, p. 37), “o suicídio é um evento que pode tornar a vida do sobrevivente um caos, provocando a dúvida sobre a possibilidade de reconciliação”. Na concepção de Fukumitsu (2013), antes de acontecer o evento trágico do suicídio a vida e os relacionamentos entre os membros da família talvez fossem disfuncionais. Portanto, a dinâmica familiar já era caótica e aprisionante. Não é de hoje que o tema suicídio é abordado e discutido por diferentes pesquisadores/as. De acordo com Assumpção (2004), a palavra “suicídio” é originária da língua e cultura latina, formada pela junção de sui [si próprio] e cadere [matar]. Por suicídio, entende-se o ato de matar a si próprio. De acordo com a Organização Mundial da Saúde - OMS, suicídio é a prática que tem a intenção de provocar a própria morte, englobando também pensamentos nesse sentido e tentativas (MARCOLAN; CASTRO, 2013). Neste cenário, o “Setembro Amarelo” constitui uma campanha de prevenção ao suicídio que visa à conscientização da população sobre esse grave problema e formas de evitá-lo.
OBJETIVO
Refletir sobre o fenômeno do sentido da vida a partir de interlocuções entre a noção de “empatia” de Edith Stein e a proposta da campanha de prevenção ao suicídio intitulada “Setembro Amarelo”.
PÚBLICO-ALVO
Pessoas da comunidade; discentes, docentes e profissionais de diferentes áreas do conhecimento e público em geral.