Eixo:
A construção de um feminismo Decolonial
Coordenação: Alexandra Ferreira Martins Ribeiro Amelia do Carmo Sampaio Rossi Maria Cecilia Barreto Amorim Pilla Ementa/Descrição: A proposta do Eixo é discutir os desdobramentos dos estudos interdisciplinares em torno da questão de gênero, tais como as construções histórico-sociais que legitimaram a subjugação das mulheres e patologizaram as sexualidades periféricas no contexto latino-americano. Além disso, pretende-se analisar criticamente os discursos hegemônicos que transformaram a riqueza das diferenças étnicas em desigualdades raciais e processos de exclusão. Procura-se ainda evidenciar a emergência do pensamento decolonial, o qual não se refere somente à colonialidade histórica da América Latina e do Caribe entre o século XVI e XIX pela Espanha e Portugal, mas concerne principalmente à perpetuação do sistema-mundo epistêmico inaugurado pela eurocentrismo moderno. O pensamento decolonial de matriz latino-americana questiona, portanto, os critérios epistêmicos de produção do conhecimento acadêmico associados ao eurocentrismo e à modernidade. Na medida do possível, almeja-se estabelecer cruzamentos entre estas categorias de análise a partir dos desafios da época atual |
Eixo:
Gênero, Violências, Direitos Humanos e Políticas Públicas
Coordenação: Jaci de Fatima Souza Candiotto Jucimeri Isolda Silveira Sandra Maria Mattar Diaz Ementa/Descrição: Este simpósio tem como objetivo principal debater o cenário de agravamento da desigualdade de gênero, associada às desigualdades étnico-racial e social, que tem como principais consequências, sobretudo, o feminicídio, as violências, a pobreza, a fome, as disparidades no acesso ao mundo do trabalho, renda e espaços de liderança e de poder. As análises em perspectiva interdisciplinar, buscam problematizar os efeitos da colonialidade e os caminhos políticos, sociais e institucionais no âmbito das políticas públicas e dos movimentos sociais e organizações da sociedade civil. As desigualdades e opressões, baseadas na estrutura patriarcal, são abordadas considerando seus efeitos na vida das mulheres e de demais grupos sociais vulnerabilizados, especialmente as pessoas LGBTQIAP+, crianças, adolescentes e jovens, pessoas idosas e com deficiência. O Simpósio visa dar visibilidade e debater as políticas públicas, as redes de atenção e de proteção social, em situações de violência e demais violações, visando a integralidade e a indivisibilidade dos direitos humanos. Este simpósio tem interesse, ainda, em abordar as formas de resistência e luta social para a construção de uma sociedade igualitária, justa, ambientalmente sustentável, diversa e democrática. Para tanto, acolhe trabalhos que abordem o protagonismo das mulheres, participação social, temas emergentes, como políticas e economia do cuidado, e outros dispositivos em políticas públicas que visam enfrentar as desigualdades e promover a diversidade humana e o bem viver. |
Eixo:
Memória e Educação em Direitos Humanos em diferentes contextos
Coordenação: Cilene da Silva Gomes Ribeiro Mirian Celia Castellain Guebert Valquiria Elita Renk Everton Luiz Simon Ementa/Descrição: Este Eixo visa reunir trabalhos dedicados a compreender, divulgar, difundir e aprofundar a Educação em Direitos Humanos, considerando seus aspectos históricos, econômicos, políticos, jurídicos, ideológicos, sociológicos e culturais, em consonância com a natureza interdisciplinar da garantia de dignidade a todos os seres humanos. O eixo de Educação em Direitos Humanos ressalta a discussão crítica e participativa de temas que envolvem as teorias, as políticas e as práticas Educação em Direitos Humanos. Os trabalhos podem ser apresentados de duas formas como relatos de experiencias ou como pesquisas (podendo ser em andamento e ou concluída), devem indicar qual temática sustenta sua discussão em uma das temáticas: Educação em Direitos Humanos e Direito à Memória, à Verdade e à Justiça, Educação em Direitos Humanos, Democracia e Participação Popular, Movimentos Sociais; Educação em Direitos Humanos, Direitos Sociais, Econômicos, Culturais e Justiça Social, Educação em Direitos Humanos e Justiça Socioambiental, Educação em Direitos Humanos, Diversidades Étnico-Raciais, Povos e Comunidades Tradicionais. Educação em Direitos Humanos e Diversidade de Gênero. Educação em Direitos Humanos e Direitos de Pessoas com Deficiência. Educação em Direitos Humanos, Comunicação e Mídias. Educação em Direitos Humanos de Profissionais da Educação e Educadores/as Sociais. |
Eixo:
Resistencia(s) pós ditadura civil-militar em perspectiva decolonial
Coordenação: Sergio Luis do Nascimento Rodrigo Alvarenga RODRIGO RÓGER SALDANHA Ementa/Descrição: A conquista, invasão e saqueamento da América Latina (Abya Yala) pela Europa e a consequente instrumentalização do comércio atlântico (especialmente com tráfico escravista e a comercialização das riquezas pilhadas), deram a verdadeira origem da modernidade, que se estabeleceu marcada por uma lógica de superioridade e dominação que transpassou a maneira de se conceber o mundo, as relações de poder, a criação cultural, o conhecimento e as subjetividades, todos dimensionados em uma visão monocultural, eurocentrada e com pretensões de universalidade. Assim, o padrão colonial de poder de cunho capitalista, se expressa na dominação colonial, construída sob uma classificação social das populações originárias baseada na criação da ideia de raça como experiência básica desta dominação, que contribuiu para estratificar o mundo em superiores e inferiores, ou seja a submissão do “outro”, o não branco, o negro, o mestiço, o índio, as mulheres e a própria natureza, aos caprichos de vontade e a violência do homem branco europeu (norte global em um conceito geopolítico). O período da ditadura civil-militar no Brasil, inaugurado por meio do golpe de 1964, permitiu a continuidade e aprofundamento das relações de colonialidade. Os relatórios produzidos pela Comissão Nacional da Verdade dão conta dos mais variados relatos de violência, tortura, eliminação cometidas contra os opositores do regime e especialmente contra os povos originários, trabalhadores/as, mulheres, mulheres e homens não-brancos, pessoas em situação de rua e contra a própria natureza. Tais violações de direitos humanos não apenas não foram interrompidas, como se intensificaram nas últimas décadas, fazendo com que seja urgente a compreensão dos processos biopolíticos e necropolíticos de gestão da desigualdade e da exclusão, a fim de que seja possível desenvolver práticas contracoloniais de resistência e libertação. |
Eixo:
Violência, Direitos Humanos e Práticas Restaurativas no âmbito escolar e instituições afins
Coordenação: Cezar Bueno de Lima Lindomar Wessler Boneti Andréia Aparecida Simão Ementa/Descrição: O propósito do Eixo, prioriza abordagens teórico-metodológicas e pesquisa de campo interdisciplinares e decoloniais, é analisar e ressignificar as concepções de Violência, Direitos Humanos e Formas de Gestão de Conflitos. Ao mesmo, por meio da pesquisa-ação junto à comunidade escolar e instituições afins, o Eixo se propõe ao desafio de instituir estratégias de capacitação em Direitos Humanos e Práticas restaurativas, através da criação e mensuração de indicadores sociais, junto aos estudantes, educadores e profissionais do campo da educação. |