Frantz Omar Fanon, um homem negro, nascido na Martinica em 20 de julho de 1925, foi um pensador e ativista que não mediu esforços no enfrentamento do colonialismo e suas mazelas, de modo particular o racismo e suas implicações psicossociais.

Por sua formação específica em psiquiatria, Fanon se empenhou em cuidar de pessoas com sofrimentos mentais. Além disso, durante os breves anos de sua atividade intelectual, deixou valiosas contribuições nos campos da filosofia, comunicação, arte e política, dentre outros. É inegável o protagonismo de Fanon como inovador das práticas clínicas, da psicologia social, bem como da fenomenologia.

Em que pesem as valiosas realizações de Fanon, as barragens de peneiramento, estendidas pelos poderes que ele criticou e combateu, impediram a difusão e o justo reconhecimento que o seu pensamento merece. Alvejados pelo epistemicídio, os escritos de Fanon foram subestimados nos círculos acadêmicos. Felizmente, as obras dele passaram a circular crescentemente no meio das militâncias contracoloniais e dos movimentos de reação à violência racial. Assim, por força do apreço dos movimentos sociais, aos poucos, as ideias de Fanon foram chegando aos círculos universitários.

Em 20 de julho de 2025, Frantz Fanon completaria cem anos de idade. Com grande alegria, a equipe do Programa de Pós-Graduação em Filosofia (PPGF) da PUCPR convida toda a comunidade para participar do Congresso de Filosofia Contemporânea dentro do qual festejaremos o centenário deste pensador.  

Reuniremos pesquisadoras e pesquisadores que se dedicam ao estudo do pensamento de Fanon para nos enriquecer com reflexões sobre as obras do mestre centenário. Convidamos também, estudantes e a comunidade para nos aproximarmos das ideias de Fanon. Estas, permanecem atuais, abrangentes e de inegável profundidade para pensar o sentido do ser humano e do mundo em que vivemos.  As reflexões de Fanon em sua grande variedade de enfoques chegam a nós, no centenário do seu autor, como fontes inspiradoras, repletas de encantamento pelo ser humano e seu potencial de realização da liberdade, de cultivo da fraternidade, da justiça e dos reconhecimentos recíprocos.

Martinica, 1925 – Curitiba, 2025: Frantz Fanon, presente!